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terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião




Com Raça e Aplicação veio a Vitória 


O principal mérito gremista foi a aplicação total durante os mais de 90 minutos. Sobrou doação, entrega e comprometimento.

Como sempre faço para evitar injustiça ou "passada de pano", eu me perguntei: E se fosse Mancini ou Thiago Nunes que, mesmo tendo Nathan Fernandes e Gustavo Nunes, eu aprovaria o ingresso de Éverton Galdino, preterindo os meninos? E na hora da lesão, Thiago Nunes ou Mancini, um deles optasse por Rodrigo Ely e não Gustavo Martins que está em processo evolutivo na carreira, quando Geromel se machucou. Eu bateria palmas para o técnico e diria: - Esse entende de futebol?

A verdade é que a vitória virou heroica pela incapacidade ofensiva, onde apenas Soltedo brilhou e Cristaldo em lances esporádicos. De resto, o mérito Tricolor esteve no enfrentamento anímico idêntico aos argentinos.

Para mim, o resultado fora da curva foi perder em casa para o time chileno. Perder na altitude independe da qualidade do adversário a ser enfrentado, ainda mais com a equipe reserva.

Do que vi, gostei de Soteldo, Fábio, João Pedro, Kannemann e dos garotos Gustavo Nunes e Nathan Fernandes. 

Marchesin foi salvo pelo detalhe de tomar um frangaço e João Pedro Galvão fez novamente um bom jogo, mas não é centro avante. Está sempre atrasado ou mal colocado na hora de botar a bola para dentro.

Um resultado muito importante, porque amplia o número de vitórias, que reafirma a necessidade de apostar nos jovens.

É triste para o torcedor vê-los preteridos por jogadores inferiores num claro sinal de injustiça. Situação que pode ser agravada pela contratação do cascudo Edenílson.

Enfim, torcer para o Grêmio neste período de sua história é um exercício de paciência e resignação, recompensado pela superação do momento difícil na LA.

Com a vitória, o Grêmio retorna para a briga e ganha moral.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Opinião

 



Um Jogo Muito Especial

 

Este Estudiantes de La Plata versus Grêmio Porto-alegrense, para confirmar o histórico de confrontos, também será decisivo, pelo menos para o Tricolor apesar de recém o calendário chegar ao final do primeiro turno da fase de grupos.

Pelo contexto, eu considero o empate um ótimo resultado. Não que o Tricolor jogue por este resultado, mas ele deve ser considerado na estratégia gremista. Explico:

 -O Estudiantes joga em casa e vem de 5 vitórias seguidas, o que significa obviamente, que tem poder ofensivo. O Grêmio recém chegou a duas partidas sem ser vazado.

- Outro fator que foi mencionado nos comentários do blog por estes dias e é muito relevante, o reforço na autoestima do grupo; isso terá que ser preservado para não interromper a ascendente dos últimos resultados.

- A defesa deve contar com Geromel e Kannemann + Fábio na lateral esquerda. Ele, até o momento, tem dado uma resposta bem positiva. Ninguém “se criou” pelo seu lado, verdade que foram escassas participações, igualmente, o bom senso recomenda a preservação de dois volantes no meio, porém, o teste será mais forte amanhã.

- Considero mais fácil ou como queiram, menos difícil, vencer no Chile, que será a única partida fora da Arena no returno, então é chegar vivo no segundo turno da competição.

 Embora não seja o entendimento de todos, tenho comigo que as lesões acertaram o time. Não consigo ver um onze competitivo com as presenças de Reinaldo e Pepê na Argentina.

 Que o Destino siga ajudando o técnico gremista.

 

sábado, 20 de abril de 2024

Opinião




Segunda Vitória seguida vem por 1 a 0 

A grande novidade veio pelo resultado da partida. Uma vitória por escore mínimo e a segunda partida sem levar gol. Um feito para o recente histórico do Tricolor.

Cada cabeça, uma sentença. Olhei as notas que a ZH deu para os jogadores e fiquei impressionado; acho que vimos jogos diferentes. Para mim, Villasanti acabou com o jogo, bem secundado por Soteldo, Gustavo Nunes e Cristaldo, que fez um gol acidental, mas, quantas vezes sofremos gols acidentais? Só saiu, porque ele (Cristaldo) estava atacando.

Nada me convence que em determinados jogos dá para recuar Villasanti para a zaga, pois, assim, o time ficaria mais ofensivo. Trazer o paraguaio para o lugar de um zagueiros, retira o bom toque de bola do meio, além de perder o elemento surpresa na área adversária, que Villa faz com maestria. Esta noite, o "área a área" que ele cumpre ficou muito evidente.

Esses dois triunfos em sequência sem levar gols consagra a ideia de 2 volantes no meio de campo, que só foi possível pela lesão de Pepê. Dodi no meio de semana e Du Queiroz hoje, tiveram atuações destacadas. Resta a pergunta: Pepê retornará?

Todos jogaram muito bem, inclusive JP Galvão, com um reparo: perde muitos gols. Parece uma observação incoerente, mas estou comparando os seus jogos recentes em relação com os anteriores. E Marchesin? Acho que deveria sair em alguns cruzamentos, talvez esteja readquirindo a forma e confiança aos poucos. Fez um milagre no primeiro tempo.

Agora é La Plata. Um empate deixa o Grêmio vivo na LA, basta seguir na linha ascendente de acertos, evitando recaídas. Uma derrota será desastrosa em termos técnico, financeiro e anímico.

É o brete em que se meteu.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

 



A, B & G

 

Escrevi há meses que, primeiro, Adriel, Brenno e Gabriel Grando eram muito bons goleiros, que serão prováveis atletas de Seleção; segundo, contraditoriamente, eu recomendei a saída dos três e a vinda de Sérgio Rochet, pensamento que decorria da premência de ter no arco gremista um goleiro afirmado.

Pois bem, Adriel e Brenno saíram e hoje, a ida de Grando para o Cruzeiro até o final de Dezembro é uma possibilidade. Acho uma boa para as três partes, desde que o Tricolor fique com o direito de decidir o destino do arqueiro em Dezembro.

Na contra partida do negócio com o clube mineiro, Rafael, 33 anos, ex-Santos e com experiência europeia no currículo vem para brigar pela camisa 1. Não lembro nada que mereça reparos ou elogios ao histórico dele.

Para mim, ele chega com a folha de serviços em branco na minha memória. Teve problemas de desempenho e bronca da torcida.

Espero que resolva a sua vida e a do Grêmio.

Uma aposta, sem dúvida.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Opinião




Grêmio vence jogando bem 


Uma excelente partida do Tricolor, talvez a melhor do ano, que deu evidentes motivos, quem sabe, "mão à palmatória", aos torcedores que reclamavam de determinadas decisões do técnico.

Gustavo Martins virou titular e teve a "honra" de compartilhar a zaga com Pedro Geromel, para mim, o melhor em campo. Ele, Martins, mais Cuiabano rejuvenesceram a defesa. Deram força, velocidade e imposição física. Fábio foi bem, não deveu nada a João Pedro.

No meio de campo, outra reclamação de parte da torcida foi atendida: um volante de maior poder de marcação. Novamente, a vitalidade e combatividade do aniversariante do dia, Dodi, foram fundamentais para o controle do  setor, diante de uma adversário forte. Villasanti, muito bem (deve ter saído da partida menos cansado pela cia.). 

Cristaldo abriu o caminho da vitória, mas caiu muito de produção na etapa final. Tem que jogar mais próximo do gol adversário.

Na frente, dois dribladores e desassombrados, Pavón e Soteldo, ambos trouxeram preocupação constante aos seus marcadores. João Pedro Galvão, o mais discreto, ainda assim, com boa atuação, se o parâmetro for seus jogos anteriores. Não parece à vontade como homem de referência do ataque.

Os que entraram mostraram a mesma a aplicação: Gustavo Nunes, Nathan Fernandes, melhores do que os demais, Du Queiroz e Éverton Galdino, discretos. Natã tocou pouco na bola.

Marchesin, quase um assistente, desta vez, não apresentou vacilos. Por fim, Renato tira lições dessa vitória, porque ela trouxe novos elementos à cena, que merecem continuidade.

A massa torcedora esperava por uma partida dessa intensidade e com essa conformação tática. Nesta jogo, a voz do povo foi atendida.

Encerrando: Não gostaria de ver realizada a contratação de Edenílson; a balança pesa negativamente na comparação prós e contras. Desconfio que pode atrasar o processo de acertos que esta partida iniciou no time.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Opinião


 



Um Combo Perigoso

 

É um momento que exige muita análise, reflexão e tomada de decisões imediatas e certeiras, caso contrário, isso virará um “remake” de 2021, quando houve resistências aos avisos de que o pior estava por vir.

O Grêmio está numa espiral perigosa que inclui velhas fórmulas de tratar o futebol (Renato), que não conseguem estancar o vazamento defensivo, que obrigam o time a fazer pelo menos, dois gols para sair vitorioso de um confronto. São onze meses de persistente avalanche de gols tomados, onde uma parcela da torcida atribui esse desempenho ao elenco de jogadores.

O fator Suárez, para alguns, repito, para alguns, foi ignorado. Eles tinham a certeza que o desempenho acima da média no Brasileirão provinha de outras causas.

Esse combo traz em si, a dificuldade em acertar nas aquisições do plantel, Rodrigo Ely, Bruno Uvini, João Pedro Galvão, Yturbe, Besozzi, Nathan, Galdino  e até por que não? Carballo, Cristaldo, Pepê, Fábio e Reinaldo. Muitas delas, boas aquisições mal aproveitadas, outras, não, mas todas com a bênção do comandante técnico.

Não cito Pavón e Soteldo, porque não se tem convicção ainda se foram equívocos. No caso de Diego Costa, falta um teste maior do que o Regional.

É muito dispêndio para pouco resultado prático.

Dando dois exemplos constrangedores da política de contratações:

- Marchesin – Uma biografia respeitável (América do México, Porto e Seleção Argentina), porém, sofreu uma lesão grave, quase não atuou, depois dela. Era o terceiro goleiro, isto é, segundo reserva de um clube mediano do futebol espanhol (Celta). Tem 35 anos, portanto, não se trata de uma promessa que está pedindo passagem no grupo de Vigo. A Direção ignorou esse quadro.

- Caíque – Quem acatou o pedido dele para vir para o Grêmio deve ser afastado, pois não há na biografia do baiano, nada que motivasse a vinda, muito menos, a ideia de titularidade. É inferior aos jovens Brenno, Grando e Adriel. Consagra a máxima "jogador ruim no elenco, acaba jogando".

Mesmo supondo que os reforços cheguem, resolverão com o atual comandante técnico? Basta lembrar que Renato teve o mais qualificado elenco do Brasil no clube mais influente do país. Saiu de mãos vazias. Ninguém por lá, lamentou a sua dispensa.

Se a Wikipedia estiver correta, fora do Grêmio, ele tem a conquista da Copa do Brasil de 2007 no currículo. Só.

Ainda sobre reforços, são apenas especulações, mas entre alguns nomes ventilados estão:

- Marcelo Grohe – Em 2018 já dava sinais de queda de rendimento. Foi para um mercado periférico do futebol. Marcelo Galhardo, um dos melhores treinadores da atualidade, chegou e já o sacou do time em pleno Mundial de Clubes. Hoje está fora dos planos do técnico.

- Edenílson - Salário altíssimo no Atlético Mineiro, clube em que ficou na reserva com Coudet, Felipão e Gabriel Milito. Por que seria solução para o meio de campo gremista?

- Rodrigo Caio - Leio que já está fazendo curso para atuar fora dos gramados. Nem preciso ir mais adiante.

 São nomes de impacto, porém, acredito que estão na descendente de suas carreiras e o custo/benefício desequilibra com imenso prejuízo para a instituição. Tem melhores e mais baratas alternativas no mercado.

Finalizando, as perspectivas são assustadoras. Ou reage ou ainda viveremos aquela situação de três anos passados: - Faltam seis jogos no Brasileirão, vencendo os seis, quem sabe...

Ainda dá tempo!

 

 

 

domingo, 14 de abril de 2024

Opinião




Grêmio perde em São Januário


Nas últimas cinco partidas, o Grêmio ganhou uma apenas, sorte que valeu o Hepta. Convenhamos! é muito preocupante e não dá para creditar ao elenco limitado, porque ele é suficiente para vencer Juventude (2 vezes), The Strongest, Huachipato e Vasco da Gama, portanto, esse desempenho não é pela limitação do grupo. Não enfrentou Palmeiras ou Flamengo. 

Para ajustar as críticas, eu substituo o atleta por outro, exemplificando: se fosse Victor e não Marchesin, eu consideraria falha? e assim, eu vou fazendo. O mesmo serve para treinadores e aí vem a minha pergunta para os Diretores e a parcela gremista que apoia incondicionalmente o atual treinador: E se fosse Mancini ou Enderson Moreira que deixasse o menino Gustavo Nunes no banco para escalar o sem ritmo de jogo, Soteldo. Mais; e o Gustavo Martins atrás de Rodrigo Ely na preferência? Alguém poderá dizer, Gustavo Nunes foi mal. Sim, é verdade, porém, será que não houve um nó na cabeça do guri por ser sacado, sendo um dos melhores do time? É o risco de mexer naquilo que está funcionando sem uma razão plausível.

Eu não tenho dúvidas, quanto à necessidade de trocar o técnico, só não sei se será agora. É mais fácil Renato demitir o presidente.

Muitos apoiadores do treinador elegeram como prioridade a Copa do Brasil, alguns por convicção, mas existe uma parcela que tem esse discurso, porque é aquela competição, que o Grêmio ainda não disputou, então, é maneira de protelar, de espichar a hora de ver a tese de manter Renato  "esboroar". Ficam esperando por um milagre. Pensam: os fracassos da Libertadores e do Brasileirão não são relevantes, porque tem que "focar" na Copa do Brasil. É interessante esse comportamento, mas é agonizante.

Qualquer treinador que encarou o Tricolor mostrou o seu time melhor organizado, independente da mão-de-obra disponível. É fato. É sintomático.

 No Grêmio podem mudar os jogadores que o excesso de gols sofridos permanece, é uma rotina. Triste rotina de onze meses no mínimo, sem providências eficazes no campo e com a Direção inerte.

Fica muito difícil creditar o insucesso de hoje aos atletas, porque me parecerá uma injustiça pelo enrosco, pela maçaroca que se observa dentro dos gramados. Muitos jogadores serão taxados de ruins, de peladeiros e até de descompromissados, só que há a velha máxima que diz que quando num time de clube grande  muitos vão mal, o furo é fora de campo.

Nem vale a pena tratar do que se viu no gramado. Pior que o Grêmio, só mesmo esse péssimo árbitro que deu pênalti, quando não foi e se "acovardou" e sonegou dois outros claríssimos, mão de Piton e chute de Rodrigo Ely no adversário.

É dose!

sábado, 13 de abril de 2024

Opinião




A Última que Morre 


Mesmo com limitações no time e a estima posta à prova, o torcedor gremista (ou alguns) em cada início de Brasileirão tem uma pontinha de esperança de levantar o caneco em Dezembro. Os mais antigos lembram que em 1981, Ênio Andrade precisou fazer uma revolução na equipe no meio do certame para dar uma arrancada espetacular. Também em 1996, a classificação para os mata-matas, o Grêmio era o sétimo num universo de oito. E chegou lá.

Ano passado com a maestria de Suárez e a queda espetacular do Botafogo, foi por um triz, aliás, um triz que tem nome: Rochet ou Cássio, que o tri não veio.

São lições deixadas ao longos dos anos como em 2013, ali, positivas, que mesmo com um trio de zagueiros composto por Bressan e Werley (+ Rhodolfo), mas com a experiência e conhecimento de Dida e a condução talentosa de Renato, o vice daquele ano foi um prêmio, ante a impossibilidade de competir com o Cruzeiro em alta performance. As negativas como em 2008, onde um elenco modesto e Roth como técnico, deixou escapar o título, depois de ficar 14 pontos na liderança. 

Agora, o Grêmio que terá um folha de 15 milhões de reais/mês e um treinador com salário europeu, tem obrigação de disputar o topo da tabela. Para isso, precisa o seu técnico ter a humildade de ouvir a razão, que mostra que com um meio de campo sem forte poder de marcação, uma zaga sem reposição conveniente, erros monumentais nas contratações como Galdino, JP Galvão, Caíque, Rodrigo Ely e Marchesin, para ficar em exemplos mais evidentes, inviabilizará a corrida pelo tri campeonato.

A Direção precisa ter discernimento, competência e coragem para encorpar o elenco com atletas que venham para ser titulares.

Enfim, que Guerra, Renato e elenco estejam inspirados para essa empreitada, já que a a taça da  Libertadores parece ter ficado distante.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Opinião



O Indicativo de Abril 


Abril chegou e a tendência é que o Grêmio vai fechar o ano com a taça do Gauchão e só.

A palavra mais amena que encontro para definir a ação da Direção gremista em insistir com Renato é "receio". Fico imaginando diálogos como: - Olha o que aconteceu com o Romildo, tirou Renato e rebaixou o clube. Com ele, o time não cairia. 

Na dúvida, eles renovam e aceitam passivamente os desmandos do profissional que deveria ser subordinado.

Aí, ela (a Direção) se conforma com o Gaúchão e a segurança de não ser rebaixado pela quarta vez. Não ousa, não arrisca, não inova, não se arroja, tudo isso com um elenco que vai bater nos 15 milhões de reais mensais, logo ali na frente e salário próximo de 1 e Meio Milhão de Reais para o treinador, ou seja, vai chegar, onde clubes medianos com recursos bem menores chegarão. Nunca será um grande negócio para a instituição. O clube e sua torcida, os grandes enganados. 

Após o hepta, eu dei uma "viajada" por alguns blogs e era corrente a ideia: - quero ver a cara de quem criticava o técnico. 

Um exagero, porque sabemos que o Inter se enrolou sozinho nesta competição; se fosse para a decisão, poderia repetir o resultado dos dois últimos clássicos.

É preciso saber porque perde e também, porque ganha. Houve uma vez, Suárez. Muitos não entenderam nada do que houve em 2023.

Sobre ontem; dizer absurdamente que tem que poupar Gustavo Nunes, Gustavo Martins, Pavon, Nathan Fernandes é subestimar a inteligência do torcedor. Uma piazada que fácil, fácil, joga 120 minutos corridos, se for preciso. 

Além disso, eu mencionei a reincidência dos erros táticos e a prova está nos 56 gols sofridos em 38 rodadas do Brasileirão/23, tomando menos apenas do que Santos, Coritiba e América Mineiro, três rebaixados. O outro que caiu, Goiás, sofreu menos tentos.

Pois entra 2024, ano novo, vida nova? Negativo, o clube joga 19 partidas e toma 20 gols. Nem o mais ingênuo torcedor vai deixar de entender que em 11 meses, Maio/23 a Abril/24, a quantidade de gols sofrida é obra de quem calça chuteiras e atua nos gramados. O furo está fora das quatro linhas.

Para arrematar: o treinador na entrevista de final de jogo, disse que passou alguns nomes para a Direção. Como assim? Não existe um setor de análises, Centro Digital de Dados (CDD)? Será que reforços resolvem? E o histórico do treinador no mais qualificado grupo do Brasil, o Flamengo, como foi?

Renato funcionou no Grêmio até 2019, até o episódio que chamo de divisor de águas, o nosso 7 a1, que foi a goleada de 5 a 0 no Maracanã. Para mim, aquilo foi revelador, ali, eu percebi que fora Tite, nenhum treinador brasileiro tem condições, de forma regular e contínua, competir com boa parte dos estrangeiros que chegaram ao Brasil.

Renato está entre os cinco melhores técnicos brasileiros, mas é o mesmo que estar entre os melhores da Série B. A concorrência é absurdamente fraca.

Como lemos nos comentários da postagem anterior, estamos desacorçoados, porque não tem como mudar agora e o que se vê pela frente é uma perspectiva tenebrosa de acompanhar o ano se arrastar, esperando que 2025 chegue e seja melhor.

A Direção perdeu a hora de trocar o técnico na virada do ano, por isso vai ver o relacionamento com a torcida recrudescer. 

Tem muito a ser dito e escrito, mas o texto ficaria muito extenso. Fica para postagens seguintes.





terça-feira, 9 de abril de 2024

Opinião

 



Caindo na Real?


Perdeu e perdeu de forma feia. Ouço a entrevista de Renato justificando a derrota pela decisão ocorrida no Sábado, por isso, a preservação de alguns titulares. Sim, é verdade, mas é uma parcela da verdade, porque o time não perdeu pelo cansaço, a derrota veio por um desajuste decorrente e reincidente. Qual? O espaçamento entre os setores, a fragilidade defensiva, a frouxidão do meio de campo e a insistência com jogadores como Éverton Galdino, que aliás, consagra uma máxima do futebol, qual seja, jogador ruim no elenco acaba entrando. Resumindo, se Galdino não estivesse no grupo, Renato se "obrigaria" a escalar Nathan Fernandes, vale o mesmo para Rodrigo Ely. Como exemplo, não corremos mais o risco de ver Bruno Uvini em campo. Foi para o Vitória.

O Huachipato não venceu, porque esteve melhor fisicamente, mas pela organização tática que incrivelmente foi superior ao hepta campeão gaúcho, aliás, como é importante  analisar os dados, a estatística, vejam que esta semana saiu a informação que o Grêmio está empatado com Palmeiras e Flamengo no topo do ranking de títulos, vide Ranking, inclusive, se ganhasse a Recopa em cima do São Luiz, ele superaria Flamengo e Palmeiras, no entanto, basta ver o que Flamengo e Palmeiras ganharam e o que o Tricolor conquistou para ver o que os números mascaram.

Agora, ele está na lanterna do grupo, porém, lembro do Cruzeiro em 1997, que perdeu as três primeiras partidas do grupo e, não apenas se classificou (segundo lugar), como depois conquistou a taça. Embora difícil, nada está perdido para o Grêmio, só que não será por mágica ou bafejo da sorte.

Finalizando, o Grêmio hoje tem 3 goleiros: um que caiu em desgraça (Gabriel Grando), um de Série C (Caíque) e outro, que no mínimo, dá para dizer que é "azarado" (Marchesin), afinal, todos acertam "o chute de suas vidas" contra ele.

A zaga segue vazando por todos os lados, o meio de campo desentrosado, dando muitos, muitos espaços e um ataque improvisado, não pelas posições de quem as ocuparam, mas por colocar um avante de Série B na direita e outro que está visivelmente sem ritmo de jogo, Soteldo.

Temo pelos próximos compromissos do Tricolor: Vasco fora (Brasileiro) e uma batalha na Argentina, diante do Estudiantes, não pela qualidade destes adversários, mas pelo desarranjo que é este time do Grêmio, reflexo da incapacidade de seu treinador para ajustar taticamente o time, que viveu do talento de Suárez em 2023 e de individualidades que emergiram no precário campeonato gaúcho. 

Libertadores não é Gauchão.