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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pequenas Histórias


Postarei as 43 "Pequenas Histórias" que escrevi ainda no blog anterior. Farei isso aos poucos. Seguem as 3 primeiras:

1.  Meu nome é Chamaco. Chamaco Rodriguez (1971)


Há quarenta anos , num domingo frio dentro da primeira semana de junho, o Imortal Tricolor veio a Santa Maria enfrentar o Inter-SM no estádio Presidente Vargas pelo Campeonato Gaúcho. Fomos ao jogo, eu e meu irmão, levados pela mão de nosso pai.

 No estádio, ficamos atrás da goleira que fica à direita das cabines de rádio, “a goleira do cemitério”. Daí decorre o apelido do campo, ”Baixada Melancólica”. Meu pai ao centro, chapéu e manta, cada filho agarrado à tela, fascinados pelo Grêmio. 

Lá estavam o goleiro negro Jair, Espinoza, Flecha, Gaspar, Chiquinho Pastor, um zagueiro que 11 entre 10 gremistas não lembram: Rostein. Ele ficou pouco tempo e era do interior paulista. Quem mais? Ah, sim! Dois argentinos vindos do River Plate, o centro-avante Néstor Leonel Scotta (anotem esse nome, escreveremos mais sobre ele) e Carlos Manuel “Chamaco” Rodriguez, um bigodão a Pancho Villa, centro-médio. O Interzinho tinha Tadeu Menezes, Donga, Plein (que jogaria no Grêmio, mais tarde) e o folclórico centro-avante Maneco.

O jogo transcorria fácil para o tricolor, 2 x0, dois gols de Scotta, quando o estádio todo ouviu os gritos de Chamaco: “Prô Pinôssa!!, Prô Pinôssa!!!” Era o gringo que jogava o tempo todo falando, indicando que a bola era para o lateral direito Espinoza (o Valdir) e, lá chegando, Espinoza esticou até o ponta-direita Flecha que, ao chegar à linha de fundo, cruzou. Scotta se passou na primeira trave, a bola abriu um pouco e foi em direção à meia-lua e, ali!!!, o lance mágico! Vendo que ia se passar, Chamaco esticou a perna esquerda para trás e de calcanhar fez um movimento no ar lançando a pelota sobre o seu corpo, inventando uma "bicicleta às avessas”.

 A bola encobriu o goleiro Valdir e morreu no centro do gol diante dos olhos de dois guris (mais o “mundo” inteiro), hipnotizados pela genialidade do lance. Nas cabines de rádio, Milton Jung narrava emocionado, dizendo que era um gol que ocorreria de 50 em 50 anos, "quem viu, viu", dizia ele. O jogo acabaria 3 x 1.

Vi vários gols de calcanhar, mas um calcanhar de bicicleta, nunca mais.

No final do ano, Chamaco Rodriguez, um cigano da bola, foi para o Uruguai envolvido na transação que trouxe Atílio Ancheta para o Grêmio, mas deixou escrita uma bela página na história do Imortal. Por muitos anos, homens que usavam bigodes espessos e grandes seriam apelidados de “Chamaco”.


2.  Renato Sá – Havia uma pedra no caminho do invicto alvinegro (1978)

O Imortal Tricolor sempre teve muita sorte com jogadores nascidos em Santa Catarina. Só para citar alguns: Áureo, Vieira, Juarez, Valdo, Oberdan, Ladinho, etc..., todos esses com passagens marcantes pelo Grêmio. Há outros e um desses é Renato Sá.

Natural de Tubarão, Renato Sá veio do Avaí para o tricolor em 1978. Está eternizado na memória dos torcedores pelo passe de cabeça para o peito de Baltazar no gol da final do Brasileiro de 1981. Mas, para mim, essa não é a maior lembrança. Há outra maravilhosa que está guardada na galeria dos jogos antológicos do nosso clube.


Corria o mês de julho de 1978, Campeonato Brasileiro, quinta-feira noturna, estádio do Maracanã, mais de 31.000 pessoas. O adversário? Bem, o adversário era o Botafogo, invicto há 52 jogos.


 Invencibilidade meio capenga, é verdade, pois dentro desta série há um empate estranho num amistoso em Uberlândia em que o técnico Zagallo mandou o time sair de campo aos 43 minutos do 2º tempo quando fora marcado um pênalti para os locatários. Time ajustado, sem muitas estrelas, também é verdade. Atacante Dé, goleiro Zé Carlos, o zagueiro René, Manfrini e Mendonça articulando o ataque. No banco o tri-campeão Zagallo. 

Na arquibancada uma faixa estampada, anunciava a 53ª vítima: Grêmio. Terrível engano! Esqueceram de combinar com o time gaúcho, treinado por Telê Santana, que transformara o time numa máquina de jogar. Também poucas estrelas: Ancheta, Tarciso, Tadeu Ricci e outros coadjuvantes como Corbo e Vilson Cereja. Mas dois deles viraram protagonistas: Renato Sá e (Jorge) Leandro, um guri de 16 anos.

Com uma atuação irrepreensível, o Tricolor aplicou 3 x 0, com Renato Sá fazendo os dois primeiros tentos e Leandro completando a goleada numa dividida corajosa com o zagueiro René, o Pato Preto, que lhe custou uma cirurgia no joelho e um longo afastamento dos campos.
No ano seguinte, Renato Sá foi emprestado justamente para o Botafogo, que viu seu grande adversário (o Flamengo) alcançar a mesma série invicta, 52 jogos.


 Em 03 de junho deste ano, tentando chegar a 53ª vítima, o Flamengo enfrentou o próprio Botafogo, e perdeu: 1 x 0 para o time de General Severiano. Quem quebrou a invencibilidade do Fla? Ele mesmo, Renato Sá.

O “Português” voltou ao Grêmio e em maio de 1981 ajeitou de cabeça uma bola que parou no peito de Baltazar que... bem, esta é outra história. Bem mais conhecida.

3. O Dia que encontrei Fábio Koff (1986)




Julho de 1986,  quarta-feira à noite, estádio Beira-Rio, Grenal e lá estava eu, quase uma hora antes, solitário, me posicionando na arquibancada superior atrás da goleira à esquerda das cabines de rádio. Pouca gente. Havia espaço suficiente para fazer um piquenique, aliás, vários piqueniques, tamanho era o deserto azul. Realmente o jogo não prometia muito, mesmo que no lado tricolor, seis campeões mundiais continuassem a envergar a jaqueta Imortal. Entre eles, o maior de todos, Renato Portaluppi.



No lado vermelho um time que começava forte na defesa, mas se enfraquecia do meio para frente. A defesa era tão boa que Mauro Galvão não tinha vez na zaga, assim sendo, foi deslocado para a lateral-esquerda.O time começava por Taffarel, Luis Carlos Winck, Pinga, Aloísio e Mauro Galvão, todos com passagem pela Seleção Brasileira. Na preliminar, um bom aperitivo, Grenal de categorias de base. O Grenal principal terminou 2 x 2. Não fora um clássico para ficar na memória, apesar de uma peculiaridade; dois gols contra, China para o Inter, Mauro Galvão para o Grêmio. Completaram o placar, Valdo (G) e Marcelo Vita (I).

Para mim, no entanto, foi marcante. Antes de começar a partida eu praticamente só nas arquibancadas, notei a chegada de três homens vindo em minha direção, todos aparentando meia-idade, um deles, magro e talvez, o mais velho, um outro meio gordo e calvo, um terceiro à distância me pareceu familiar. À medida que se aproximavam, não tive mais dúvidas, Fábio André Koff, o presidente maior vencedor da história tricolor compunha o trio. Koff  fez um aceno com a cabeça e sentou ao meu lado, à minha direita, foi secundado pelos demais. Eu louco para lhe dirigir a  palavra, mas o que dizer? Estava nervoso. Os três conversavam e eu esperava por uma inspiração e também, por uma pausa, um silêncio entre eles; uma brecha. E ela veio.

- Que desvirginada, presidente! Pois é! Saí com essa frase. O Doutor Koff se espantou, mas logo entendeu e sorriu. Veio-lhe à lembrança a frase cruel dita por importante dirigente colorado quando o Grêmio perdeu para o Flamengo o Brasileirão de 82 com Koff de presidente. Uma injustiça! Mais tarde este dirigente reconheceu e se desculpou publicamente. A frase infeliz era mais ou menos essa: “O Koff parece a Rainha Virgem, governa, mas está invicto, pois não ganha títulos”. Ano seguinte seguiram-se as conquistas da Libertadores e do Mundial. Foi sem  dúvida, “a melhor primeira vez” aqui no Sul.

Prudentemente, o senhor calvo e meio gordo trocou de lado com o presidente, deixando-o no meio deles, pois deve ter pensado que alguém que começa um papo com uma frase dessas não podia “bater” bem da cabeça.

Assim, de forma absolutamente acidental, assisti um Grenal ao lado de uma lenda viva do futebol gaúcho.

50 comentários:

  1. Leonardo

    Bruxo: Que ano foi esse jogo, 1969? O time com o Chamaco e Scotta foi o primeiro que eu me lembro como torcedor gremista. Tinha também um atacante baixinho chamado Caio, tinha o falecido Torino e um volante negro e meio calvo chamado Jadir. Eu morava em Campo Grande-MS e escutava na rádio Guaíba apenas os jogos noturnos que eu conseguia pegar no rádio do Corcel Branco do meu pai em 25 ou 49 metros.

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    1. Scotta que, salvo engano, é o primeiro jogador a marcar gol em Campeonato Brasileiro (71).

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    2. Guilherme!
      Fez o primeiro e segundo do Brasileirão. Grêmio 3 a 0 no São Paulo. Passou ao vivo na tevê, sábado à tarde. Sou "testemunha ocular do fato".
      Scotta é o personagem do Pequenas Histórias nº 16, exatamente sobre esse jogo. Repostarei na ordem, isto é, faltam 13 antes dessa.

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  2. Leonardo!
    Este time é de 1971, aliás, ano do primeiro campeonato brasileiro. O Caio faleceu ano passado praticamente junto com o falecimento do Torino. O negro meio calvo pode ser o Torino.
    Jadir era alto, mulato e está na foto da seção Galeria Imortal do hepta campeonato que postei dias atrás.

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    1. Bruxo

      Obrigado pela informação! Corri na minha garagem para consultar a minha velha e empoeirada coleção da Revista Placar e encontrei a escalação do Inter-SM (Tabelão Revista Placar no 30 de 9 de outubro de 1970). Vou, depis com calma, tentar achar a revista que tenha o resumo do jogo que vc descreveu. No Grêmio eu relembrei do goleiro Cao, dos atacantes Paraguaio e Tião Quelé!

      Seguem as escalações do Inter-SM

      Nilson
      Tadeu - Santo - Pedro Celso - Carlinhos
      Paulinho - Jara
      Paulo Reni - Plein - Paré - Marcos (depois Jarinha)

      Em fevereiro de 1971 o time tinha a seguinte escalação

      Valdir
      Tonga-Pedro Celso-Jair-Carlinhos
      Joao Carlos-Paulinho
      Valdo -Braulio-Maneco-Juarez

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    2. Uma correção: o nome correto do zagueiro é Donga.
      Você já ouviu a história do "Tião errado"?
      Pois é, um emissário gremista foi ao Paraná para contratar um atacante com ótimas referências, um tal de Tião. Foi contratou o Sebastião Clemente, vulgo Tião Quelé e deixou o Tião bom de bola que era o Tião Abatiá, ex- União Bandeirante que formou uma bela dupla de ataque no Coritiba: Paquito e Tião Abatiá; meses mais tarde o Grêmio trouxe o Taquito do interior paulista. Em vez de Paquito e Tião Abatiá, tivemos Taquito e Tião Quelé, é mole?

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    3. Leonardo

      O erro do emissário foi mais ou menos o mesmo tipo de erro que tive agora com Tonga vs. Donga! O Tião Abatiá também jogou no Coritiba com um meia-atacante chamado Zé Roberto, muito bom de bola (que mais tarde foi transferido para o Corinthians)!

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    4. Leonardo!
      O cd-rom da Placar que tem tudo sobre os campeonatos brasileiros chama o Donga de Tonga; mas como o cara é daqui da terrinha e jogou 100 anos no Coirmãozinho Santamariense, fica mais fácil para mim.
      Esse Zé Roberto, eu tinha nos botões quando vinha a foto dos jogadores, jogava no São Paulo; foi para o Coxa Branca e depois para o Corinthians, conforme tua informação. Andou ganhando até Bola de Prata, se não me engano.
      Abraços.

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  3. E assim mesmo Bruxo. Quando estamos na tenra idade e encontramos alguem que consideramos importante, ficamos sem palavras. Encontrei Koff no Aeroporto de Congonhas certa vez. Fiquei ali olhando pro sujeito e ele, de vez em quando, meio intrigado ja, dava uma olhada em direcao daquele que nao tirava o olhar dele. La pelas tantas tomei coragem, me aproximei, e falei: - Como vai presidente? Ele prontamente: - Bem (com aquela voz rouca e esbocando um sorriso). Creio que tinha ate intencao de prolongar o "Bem" para alguma coisa tipo: Pra onde vais? Ate presenti que poderia prolongar a conversa, mas me dei por satisfeito e segui pro meu portao de embarque. Toda vez que passo por Congonhas lembro deste episodio, rio de mim mesmo e sigo caminho. Certamente nao o encontrarei mais no aeroporto.
    Ahh se fosse hoje! Certamente perguntaria o por que do clube nao contratar quem realmente precisa para ser campeao da Libertadores. Fico imaginando que a resposta seria seca e direta: - Porque nao ha dinheiro. Bastaria pra me quebrar e me fazer desistir de outras tantas que gostaria de perguntar. Muito provavelmente, novamente, seguiria meu caminho e riria anos depois ao passar novamente por Congonhas.

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  4. Grande Arih!
    Muito importante tu compartilhares este comentário, porque me tranquiliza; às vezes, aquela situação (de muita alegria) de encontrar o Koff, me fazia constrangido pela emoção que senti e eu já tinha passado dos 20 anos.
    Legal cer que essas situações não acontecem só com a gente.

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  5. Amigos!
    Alterei o original, acrescentando no título, o ano em que se realizaram cada "causo".

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    1. Bruxo, voce nao pos link para comentarios em cada post do "Pequenas Historias". Iria falar do Chamaco. A unica vez que o vi atuando, ao vivo, no Olimpico, foi numa vitoria contra um time do interior que nao me recordo. Creio que foi 2x1. Diria que era "maluco" como Ortunho (capaz de dar uma trombada inimaginavel e jogar o adversario nas arquibancadas, ou sair jogando com elegancia e autoridade de um craque), jogava serio, a la Dinho, mas nao era desleal (apenas casual, se me entendem). Tinha verdadeira imponencia de um centro medio, pelo porte e pelo bigode. O proprio nome ja afastava os possiveis dribladores. Sem ser fa, gostava dele. Mas seu companheiro Scotta era quem enchia os olhos. Baita centro avante. Completo. Muito proximo do que Careca e Batistuta foram. Ficou pouco tempo no Gremio. Pena. Se ficasse mais uns tres anos teria feito muita historia.

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    2. Arih!
      Eu não sabia o que eu fazia, se postava as 43 de uma "pegada só", mas acho que ia cansar a beleza dos amigos ou se postava individualmente; só que eu quero postar por semana e aí ia levar muito tempo. Resolvi fazer "pacotes de 3" e o espaço "Comentários" será para as três.
      Muito boa lembrança essa do Néstor Scotta, realmente a semelhança com Careca e Batistuta; jogadores técnicos e finalizadores. O Scotta tinha um irmão chamdo Héctor Scotta que era centro-avante e jogou a Copa do Mundo de 74. Fez mais fama, o nosso Scotta foi artilheiro de uma edição da LA. Infelizmente, o River Plate não aceitou negociá-lo e o Imortal teve que devolver.
      Fazia gols em Grenal.

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  6. Encontrei o Koff em 2011, no elevador do então Clube dos 13 em Porto Alegre. Até consegui trocar algumas frases sobre o Grêmio e me lembro da reclamação do "velho" sobre a qualidade do time de então.

    -x-x-x-

    Aliás, meu pai tem uma história interessante, não com o Koff, mas com o Paulo Sant´ana (a quem eu, particularmente, não gosto, mas é fato que nas décadas de 70/80 teve papel importante para o Grêmio na imprensa). Era um jogo de Brasileiro, início da década de 80, chuvoso e muito frio, tanto que entraram nas cadeiras do Olímpico com cobertor para se aquecer. Devido ao clima, era ele e mais uma dúzia de torcedores ali naquele setor. Pois bem, em determinado momento, o Sant´ana saiu do camarote dele e chamou todos os torcedores que estavam ali. Ofereceu whisky a todos e disse: vocês são gremistas de verdade, vir num jogos destes, neste frio e com chuva. E ficou até o término da partida na "sacada" do camarote, conversando com todos e oferendo bebida.

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    1. Legal essa história, Guilherme; não é à toa que o livro que o Santana lançou se chama "O Gênio Idiota".

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  7. Desvirtuando o assunto, 03 volantes de novo!? Sei não ein...

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  8. PJ!
    O Enderson que firmar a confiança do time; depois irá fazendo os ajustes.
    Não acredito que seja o esquema para o jogo contra o time do Pablo Escobar, semana que vem.

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  9. Bah, eu com 9 anos conheci o Tarciso pessoalmente e não soube dar valor (na real nem sabia direito quem era)

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    1. Muito novo né Gláucio, teu pai é que deve ter vibrado.

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    2. Gláucio!
      Prá ver como sou jurássico. Eu vi o Tarciso pelo América vencer na corrida o Pontes (algo até então, inimaginável) e fazer o 1 a 0 sobre o Coirmão em pleno Beira-Rio.
      Aquele gol mudou a vida dele. Tarciso,se não estou enganado é o jogador que mais vestiu a camiseta do Tricolor

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    3. O pai na época era comentarista esportivo de uma rádio aqui de Santo Ângelo, aí o Tarciso estava nos "camarotes" do Estádio assistindo ao jogo junto com a diretoria da SER.

      Outra coisa que me dá arrependimento é não ter aproveitado quando o Mazaropi veio ser treinador da SER, e eu nem tentei ir autografar as capas do discos que tenho, com as narrações dos gols da libertadores e mundial. Aí eu já tinha uns 16-17.

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    4. Estas coisas acontecem Glaucio. Perdi varias oportunidades. Porem, em 98, quando estive em POA, dei uma escapada e parei no Olimpico, em dia de treino. Imagina so o que fiz: esperei o treino acabar e com pensamento fixo, recolhi varios autografos na flamula que comprei pro meu filho. Assinaram, entre outros (porque nao lembro de todos): Palhinha (horrivel!), Danlaba Mendi (barbaridade!), Danrlei, LC Goiano, um garoto que estava comecando e ja famoso (Ronaldinho), ... . So vendo a flamula para recordar de todos (uns 12 a 15). Creio que foi por uma boa causa, nao e mesmo?

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    5. Arih!
      Cara; tu deves ser o único que tem um autógrafo do Danlaba Mendi (rs,rs,rs)

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    6. Viu so Bruxo, sou bem ecletico, nao e mesmo? rsrsrsrsrs
      Na verdade alguns entraram na onda porque estavam junto com alguem que gostaria de pegar o autografo. E o caso do Palhinha que eu nao gostava e do Danlaba que saiu junto, creio que com o LC Goiano.

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    7. Pois é, Arih!
      Mas só esse do Ronaldinho Moreira vai valer muito, passado alguns anos.
      Acho que com o tempo, o que vai ficar é que ele fez história no futebol mundia e a traíragem só no âmbito do RS.

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  10. Gláucio!
    "Camarotes" foi "massa".
    O Estádio é aquele da zona sul?
    Santo Ângelo tinha a antiga Aesa, o goleiro era o Hugo que pegava até pensamento. Não sei como não foi prá frente na carreira.

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    1. É a zona sul sim. O "camarote" era uma mureta mais acima das cadeiras do "pavilhão social" como chamavam.

      Meu pai e meu padrinho foram diretores do ELITE C.D., que no futuro se fundiu com o Grêmio Santoangelense e o Tamoio, formando a Ser, sendo um dos sócios fundadores. Por coincidência, foi rebaixada no mesmo ano em que ele faleceu, 2004. (mesmo ano em que o Grêmio caiu tb kkk)

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    2. Baitas Goleiros que eu lembro foram o Marcão e o Luciano, que rodaram bastante por outros times do interior.

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    3. Putz!
      2004, o ano para esquecer.
      Esse Marcão eu não lembro, mas o Luciano deve ser o mesmo que subiu o São Paulo de Rio Grande, ano passado com mais de 40 anos. Joga com um galho de arruda na orelha.

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    4. É, 2004 pra mim foi um ano complicado.

      O Luciano é esse mesmo, meio baixote. O Marcão é um negão que jogou também no Glória de Vacaria.

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  11. Bruxo, sobre o Chamaco: 18 partidas pelo Grêmio. 1 Gol.

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  12. O Marcão foi goleiro do Glória, em 2004 e 2005.
    Em 2006 e 2008, jogou pelo Veranópolis.
    Em 2007, jogou pelo Novo Hamburgo.

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  13. A AESA foi 3ª colocada na Taça Governador do Estado em 1972.
    Em 1973, o técnico era Chiquinho, que mais tarde treinou Grêmio e Internacional.

    Para vocês matarem a saudade:

    Grêmio 0x0 Santo Ângelo
    Data: 03.06.1973 - Campeonato Gaúcho
    Olímpico, Porto Alegre-RS
    Árbitro: Luís Valdir Louruz
    Renda: Cr$ 39.688,00 - Público: 4.314
    GFBPA: Picasso, Cláudio Radar, Ancheta, Beto Bacamarte, Jorge Tabajara, Paulo Sérgio (Gaspar), Carlos Alberto, Tarciso, Obberti, Mazinho (Laírton), Carlinhos
    Técnico: Mílton Martins Kuelle
    AESA: Hugo, Carlos Pereira, César, Nei, Ferreira, Joubert (Néco), Vadi, Eraldo, Adílson, Mickey, Paulinho (Luizinho)
    Técnico: Chiquinho

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    1. Esse é o tal jogo que o goleiro Hugo fez misérias, milagre em cima de milagre.

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  14. No jogo em Santo Ângelo a partida foi assim:
    Grêmio 4x0 AESA
    Campeonato Gaúcho
    Data: 18.03.1973
    Árbitro: Luís Zetterman Torres
    Renda: Cr$ 48.250,00 - Público: 5 234
    Gols: Obberti 39 do 1º tempo; Obberti 1, Obberti 16, Jorge Tabajara 42 do 2º
    GFBPA: Jair, Espinosa, Ancheta, Beto Bacamarte, Jorge Tabajara, Paulo Sérgio, Carlos Alberto, Carlinhos, Obberti, Tarciso (Laírton), Mazinho
    Técnico: Mílton Martins Kuelle
    AESA: Hugo, Carlos Pereira, Borile, Nei, Ferreira, Vadi, Julinho, Eraldo, Adílson, Luizinho (João Carlos), Mickey (Paulinho)
    Técnico: Chiquinho

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  15. Alvirubro!
    Alfredo Domingo Oberti, nosso "Pequenas Histórias 4" que repostarei em seguida. Fera!!!
    Uma pergunta difícil:
    Tu tens a ficha deste jogo na Baixada Melancólica, o tal do gol do Chamaco?

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  16. Divirta-se, amigo!
    Grêmio 3x1 Internacional (SM)
    Data: 06.06.1971, Campeonato Gaúcho
    Local: Presidente Vargas, Santa Maria-RS
    Árbitro: José Cavalheiro de Morais
    Gols: Scotta (2), Chamaco Rodríguez, Maneco
    GFBPA: Jair, Chiquinho Pastor, Rostain (Espinosa), Beto Bacamarte, Cláudio Radar, Chamaco Rodríguez, Gaspar, Torino, Flecha, Scotta, Carlos (Caio)
    Técnico: Oto Martins Glória
    ECI: Valdir, Tadeu, Santo, Donga, Carlinhos, Caio, Paulinho, Juarez (Leopoldo), Maneco, Plein, Maurinho
    Técnico: Itamar Sampaio

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  17. Gracias!
    Provavelmente aportuguesaram a escrita: "Rostein". Quando o Espinosa entrou, o Chiquinho passou para a zaga que era a sua posição original. Ano seguinte foi devolvido para o Flamengo e o Zagallo (que era o técnico do rubro-negro) chegado a uma panelinha o convocou para a Seleção.Um escândalo.

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  18. https://www.facebook.com/rostain.pintodefariafilho

    ROSTAIN
    Rostain Pinto de Faria Filho
    Zagueiro
    BRA, Nova Friburgo, RJ, 16/05/1951

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  19. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=167091513422412&set=a.167091116755785.36678.100003646931601&type=1&theater

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  20. Bruxo, o Rostain é sobrinho do Larry Pinto de Faria!

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  21. Achei que Rostain era sobrenome.
    Cara!!!
    Perto de ti, o Cláudio Dienstmann vira estagiário.

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  22. Bruxo, se entrares no FACEBOOK (aquele atalho que eu postei acima) e digitares o nome do Rostain, vais encontrar uma série de fotos dele, inclusive com jogadores do Grêmio, à época.

    "Cara!!! Perto de ti, o Cláudio Dienstmann vira estagiário." Tu estás brincando, né?

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  23. ANÍBAL GOMES FILHO05/07/2015, 16:02

    De fato o argentino Nestor Scotta foi o autor do primeiro gol de Campeonato Brasileiro em 1971 contra o São Paulo no Morumbi,vitória gremista por 3 x 0. Chamaco Rodriguez veio junto com Scotta, e os dois jogavam muita bola mesmo!

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  24. Valeu, Anibal!
    Scotta só não ficou no Tricolor, porque o River Plate exigiu a sua volta.

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  25. o jadir caio e torino se fossem vivos hj seriam titulares absoluto desse time de hj do gremio

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  26. o jadir caio e torino se fossem vivos hj seriam titulares absoluto desse time de hj do gremio

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  27. caio e torino eram titulares absoluto desse time do gremio de hj se fossem vivo

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    1. Com certeza, Gerson.
      Caio "cabeça" entraria na função que hoje é de Giuliano e o Torino, bom o Torino, jogou (e bem) em 3 funções: Volante, Meia Esquerda e Falso ponta-esquerda, o tal quarto homem do meio de campo. Não apenas no Grêmio, mas no Brasil de Pelotas, Botafogo e Atlético Paranaense.
      Jadir eram volante, mas na campanha do hepta, 68, substituiu o "Fita Métrica", Sérgio Lopes.
      Abraços.

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